terça-feira, 25 de agosto de 2009

MISSAO


Como acreditar que a luta nao é em vão?

Se quando faço por um irmao,

descubro que o fiz por mim,

no cumprimento de uma missao!


O que posso dizer agora

de uma tal de vocação?

Se me levou mundo a fora,

alma a dentro,

assimilando emanação?


O que dizer agora

depois de tanto e tudo,

se apenas vejo indo embora,

sem nem um aperto de mão?


Começar de novo diria o poeta...

Mas defalecido agora estou.

Para que gritar mundo a fora,

peito a dentro, e lágrimas derramar,

se é em vão tambem este momento?


O fim quem sabe me falar dele?

Será tambem em vão toda minha provação?

Perdida estarei depois de tanta doação...


Num tal lugar sagrado,

Me perderei na imensidão!

QUARTA FEIRA DE CINZAS




CAUTRINI, CARNIFICINA, DELETE...
VISÃO MUNDANA,
MUNDO, CONFETES.
QUARTA-CINZAS,
FEIRA DA CARNE,
COMEÇA A MORTE.
RESSURGE LUZ...
DOS CRAVOS ESPINHOS,
A FRONTE OSTENTA
O SINAL DA CRUZ...

Espaço Opaco


Semeamos sorrisos,
Vertilizamos com lágrimas.
Colhemos motivos...
Embebidos em Luz
No reflexo da benção
O homem reluz.
O doce espaço atraco seduz.
A alma cantante
desperta contente
Os sonhos da gente,
No espaço opaco da pequena semente!

sábado, 8 de agosto de 2009

Sou Mão


Sou a mão que toco
e através dela posso te sentir
Sou a mão que te embala pra você dormir.
Sou a mão que vibra
ao sentir o calor da sua energia.
sou a mão que espera sorrindo...
Sou a mão desejosa a te servir.
Sou apenas essa mão,
Nela tudo posso, e sou feliz então.
Sinto no seu tato, no mesmo instante,
o seu e o meu coração...
Sou emoção, sentimento vibração...
Sou mão!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Só Pra Ter Você

Busquei o brilho da lua
A suavidade da brisa
A bondade de Deus
A humildade do monge
A inteligencia do fisico
A inocencia da criança
A energia dos cristais
O perfume dos incensos,
O melhor de mim,
Não tive você mesmo assim!...

Unicidade

A cada um,
O canto
O sopro
A vida
Um Zunir baixinho como num canto a se esconder.
Grito ensurdecedor da morte
Leva a vida,
Leva...
Jeito, trejeitos,
Unico ser.
Aloucado,dócil
Indecifraveis facetas...
A nós predestinados,
Nós mesmos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Amor


Um nada onde tudo existe...
Um vazio repleto...
Uma mão pedindo pão,
Outra que tudo dá.
Um querer que nada quer,
Um ofertar que me faz calar...

Hora Intima


Na doce malícia dos
anjos
No desejo do corpo,
Na mísera vida,
Sinto você...

Rasgo o véu da razão
e no sacrario meu,
a nódoa do teu sêmem
faz a consagração.


Deleito-me na tua volupia,
divago nas suas entranhas,
banho-me de prazer
neste sacrossanto carrocel de fogo.

Solenemente...

Enclausuro os sentimentos
chamuscados de paixão
chorando silente
minha excitação.

Em Cena/Sedu Ação

Era uma vez
Uma princesa que dormia...
De muito além, eis que alguem surgia

Como adolescente o amor brilhava nos olhos seus
Não sabia se certo ou errado
Mas queria mesmo sendo pecado.

Na ânsia de possuir
Ecoava entre os roncos dos carros
a promessa do sentimento eterno
Onde em nenhum segunmsegundo
percebera que á ele se rendera.

Não sabia se na Grecia ou Japão
Mas ele a encontraria
e agora ele dizia:
Bela adormecida
dar te-ei a minha vida
e até nos sonhos teus
Eu te farei feliz.

Talvez seja encanto,
quem sabe magia,
Masmo se for neurose
Será minha um dia.

E o sonho cresceu...

Já envolvida nos braços teus
sem relutar ela estava.
Era um sentimento divino
Se perdera em seu proprio sonho
Se sentindo amada...

As lágrimas tocaram-lhe a face
E neste momento exato
fugiu sem tino
Pois percebera qeu era apenas
Uma peça de teatro.

Melancólica Lembrança


Pés descalços
Cabelos de mel,
Sabor de agosto.
Manhã amena da infância,
embebida no gigante sonho...
Em cada gota de orvalho
Delirava bailando
Com Elfos e Fadas...
No cintilar do Amor,
Abençoada a relva iluminou...
Melâncólica lembrança, hoje sou...

As Margaridas


Que caia o fiel da balança
Murchem as margaridas
Não as ganhei...
O relólgio marca o tempo perdido
Antes que emaranhe em teias lodosas
enevoando momentos...
Deus, preciso de alento!
Carreguei no dorso, o mundo,
De asas quebradas estou,
Demoliram os castelos,
Destruiram os sonhos
e eu nao morri!
Preciso partir,
Antes que a hora chegue e
receba já morta
As margaridas que não ganhei.

Saudade

Saudade voce bateu e trouxe vivido
A lembrança,
Do luar,
Do Léo,
Da flor meiga,
Das buganvileas.

Do coração tão meu,
Da minha menina, tao sua,
Das lágrimas,
Da supresa,
Da alegria,
Da despedida.

Da esperança de ser feliz,
Do meu corpo e do teu corpo ser
simplismente nosso corpo...

Da certeza
Que nossas vidas se esvaneceriam juntas...

È saudade, você bateu e sutilmente machucou.
Tentei fugir...
Mas em tudo o que busquei
Somente uma saudade Maior encontrei...




Porquê, Vela?


Que calor é esse que te consome
e derrete-se como sal no mar?...
Lágrimas nao cessa de derramamar.
Essa é sua sina?
Morrer, extinguir-se até a fímbria,
só para iluminar?
Na mesa do banquete enquanto espera,
No blekaute da energia...
No leito da morte...
Que sina é essa,
se és apenas vela?!!

Tributo ao Corpo






Bendito sejas, corpo meu
pela dor e pelo prazer que conheci.
Pelos momentos sagrados
que através de ti pude sentir.

Bendito sejas corpo meu
por refletir a minha dor e minha satisfaçao.

Bendito sejas, pobre mortal
por me servires por tanto tempo,
...No sol, na chuva,
no prazer...
No meu desalento.

Bendito seja,
tuas visceras
tuas celulas e fragmentos...

Bendito e bendito órgão vital
que recebeu as cargas da minha emoçao
ensinado-me a amar...
Bendito meu doente coração!

Bendito sejam os teus olhos,
os teus ouvidos,
a tua beleza,
por onde tanto me corrompi.

Bendito os Gens que te fizeram
para que eu pudesse hoje estar aqui.
Bendita dores e amores
que me fizeram redimir.

Bendito por ter sido escravo meu,
suportando os vícios,
os maltratos,
o descaso,
na ignorância do meu eu.

Bendita esta mão que vibra
na paz e na tribulação,
irradiando energia no cumprimento da minha missão.

Bendito agora e eternamente,
por tanto e tudo...
Por me servir somente!